Planejamento composicional a partir de paradigmas arquetípicos

Autores

  • Liduino Jose Pitombeira de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.52930/mt.v9i2.305

Resumo

No presente trabalho, realizei uma revisão crítica dos conceitos centrais relacionados à minha pesquisa, notadamente os de sistema composicional e planejamento composicional. Enfatizei uma expansão desses conceitos, refinando suas definições para uma aplicação mais musical e intuitiva. Introduzi o paradigma arquetípico como uma categoria ampla na qual se inserem os sistemas composicionais e os modelos ainda não explorados. Destaco dois desses modelos: 1) o proto-rizoma, inspirado no rizoma deleuziano, com uma perspectiva estruturalista; e 2) o sistema composicional desordenado, situado em uma fronteira conceitual, que é examinado por desafiar a essência determinística ou probabilística dos sistemas composicionais plenos. Mantendo o espectro estético aberto, este estudo busca contribuir para a evolução teórica e prática das metodologias que se concentram na aplicação de processos formais à composição, promovendo uma compreensão mais profunda e uma utilização mais fluida desses conceitos pelos compositores e compositoras.

Biografia do Autor

Liduino Jose Pitombeira de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Liduino Pitombeira (pitombeira@musica.ufrj.br) é professor de composição da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Suas obras têm sido executadas pelo Quinteto de Sopros da Filarmônica de Berlim, Louisiana Sinfonietta, Red Stick Saxophone Quartet, New York University New Music Trio, Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, Poznan Philharmonic Orchestra (Polônia), Duo Barrenechea, The Alexander-Soares Duo, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo, The Chicago Philharmonic e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP).  Tem recebido diversas premiações em concursos de composição no Brasil e nos Estados Unidos. Pitombeira recebeu seu PhD em composição pela Louisiana State University (EUA), onde estudou com Dinos Constantinides. Tem publicado diversos artigos científicos sobre composição e teoria e desenvolvido pesquisa como membro do grupo MusMat da UFRJ. Suas peças são publicadas pela Peters, Bella Musica, Criadores do Brasil (OSESP), Conners, Alry, RioArte e Irmãos Vitale. Gravações de suas obras estão disponíveis nos selos Magni, Summit, Centaur, Antes, Filarmonika, Blue Griffin e Bis. Pitombeira foi premiado em 2019 com a Medalha Villa-Lobos, concedida pela Academia Brasileira de Música, e homenageado pela vida e obra no VII Festival de Música Contemporânea Brasileira. É membro da Academia Brasileira de Música, cadeira Nº 28.

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Publicado

2024-12-29

Edição

Seção

Artigos