Sinais dos tempos
a crítica musical de Adorno e o jazz negro de Mingus
DOI:
https://doi.org/10.52930/mt.v6i1.162Resumo
É muito provável que Adorno nunca escutou Mingus, e que Mingus nunca leu Adorno. Este se interessou, antes, pelo jazz como fenômeno de massa, enquanto o primeiro buscava maneiras para sair dele. As críticas de Adorno ao jazz são bem conhecidas. Os principais textos nos quais elas se expressam compreendem um intervalo de 25 anos. Dentre eles está “Moda intemporal: sobre o jazz” (1953), publicado num momento em que a trajetória de Charles Mingus dá uma guinada em direção a criação de novas formas de atuação. Aproveito essa convergência à distância para aproximá-los e, com as chispas que a fricção de suas ideias produzem, tento iluminar os sinais dos tempos.