Monotonalidade e tonalidade expandida

Teorização e aplicação analítica em duas canções tonais de Schoenberg

Autores

  • Norton Dudeque Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.52930/mt.v9i2.321

Resumo

Schoenberg normalmente é associado ao método dodecafônico, à música serial e atonal que revolucionou a música do século XX. Mas, com menos frequência, Schoenberg é visto como um teórico que propôs desenvolvimentos no entendimento da tonalidade tradicional. Um dos conceitos inovadores de Schoenberg é sua concepção acerca de monotonalidade, no qual, regiões tonais são sempre relacionadas a uma tonalidade central. Ademais, ao considerar a escala cromática como material referencial das regiões, Schoenberg abre para uma expansão da tonalidade. Assim, em um contexto tonal, a escala cromática, acordes vagueantes, escala de tons inteiros, acordes quartais, tonalidade suspensa (schwebende Tonalität) e flutuante podem ser utilizados gerando uma tonalidade expandida. Neste texto, apresenta-se uma teorização acerca de monotonalidade e tonalidade expandida e aplicadas em análises de duas canções de Schoenberg, Traumleben Op. 6, n. 1 e Natur Op. 8, n. 1.

Biografia do Autor

Norton Dudeque, Universidade Federal do Paraná

Norton Dudeque (nortondudeque@gmail.com) realizou mestrado em Performance musical - University Of Western Ontario (1991), mestrado em Musicologia pela Universidade de São Paulo (1997), doutorado em Música (Ph.D.) - University of Reading (2002). Realizou estágio pós-doutoral no Kings College em Londres (2012). Atualmente é professor associado da Universidade Federal do Paraná e atua no Programa de Pós-Graduação em Música da UFPR. Tem publicado artigos com ênfase em Teoria e análise musical. É autor de Music Theory and Analysis in the Writings of Arnold Schoenberg (1874–1951) (Ashgate, 2005) e de Heitor Villa-Lobos’s Bachianas Brasileiras, Intertextuality and Stylization (Routledge, 2022).

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Publicado

2024-12-29

Edição

Seção

Dossiê