O dodecafonismo como um conceito musical

De Schoenberg ao Movimento Música Viva

Autores

  • Juliane Larsen Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.52930/mt.v9i2.307

Resumo

Neste artigo, o dodecafonismo é revisitado com o objetivo de criar uma perspectiva histórica sobre sua significação, abrangendo desde seu desenvolvimento por Arnold Schoenberg, passando por algumas teorizações e debates suscitados pela técnica, até sua recepção no Brasil no contexto do Movimento Música Viva. Com base em ampla bibliografia sobre o tema, a pesquisa conclui que, em anos recentes, houve uma transformação na compreensão do conceito de dodecafonismo. Essa mudança decorre do aumento quantitativo de análises de obras dodecafônicas, que revelou a diversidade de usos da técnica e imensa variedade de resultados sonoros alcançados por compositoras e compositores ao longo de cerca de 100 anos desde sua criação. Por meio do estudo sobre o dodecafonismo, esta pesquisa também busca divulgar a história dos conceitos musicais como uma abordagem historiográfica que integra teoria e experiência, contribuindo para a compreensão de momentos históricos relevantes e para a relação entre teoria musical e história.

Biografia do Autor

Juliane Larsen, Universidade Federal do Paraná

Juliane Larsen (juliane.larsen@gmail.com) é bacharel em Piano pela Universidade Estadual de Maringá (2006) e mestre em Musicologia pela Universidade de São Paulo, onde, em 2010, defendeu a dissertação na área de Teoria e Análise, investigando a utilização da forma sonata em contextos atonais, sob orientação do Prof. Dr. Rodolfo Coelho de Souza. Em 2011, ingressou como professora assistente na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), ministrando disciplinas de Harmonia, Análise e História da Música. Em 2014, retornou à ECA-USP para cursar o doutorado, durante o qual realizou um período sanduíche na Universidade de Roma – La Sapienza, onde estudou Historiografia musical e Análise com o Prof. Dr. Antonio Rostagno. Concluiu o doutorado na USP em 2018, sob orientação do Prof. Dr. Mário Videira, com uma tese sobre a história da música brasileira na transição entre os séculos XIX e XX. Atualmente, é vinculada à Universidade Federal do Paraná (UFPR), na qual leciona disciplinas nas áreas de Harmonia, Análise e História da Música. É membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Música da UFPR, orientando pesquisas musicológicas envolvendo estudos decoloniais e teorias feministas.

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Publicado

2024-12-29

Edição

Seção

Dossiê