O Sistema de Transformações Cromáticas no Interlúdio de Artémis, de Alberto Nepomuceno

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DOI:

https://doi.org/10.52930/mt.v5i1.131

Resumo

Este artigo apresenta alguns conceitos das teorias de Riemann e de Kopp que são aplicados à análise estrutural do Interlúdio de Artémis, episódio lírico composto por Alberto Nepomuceno em 1898. A investigação analítica esclarece que a ferramenta proposta por Kopp—sistema de transformações cromáticas—ajusta-se significativamente bem ao texto musical analisado. A análise aponta que o Interlúdio de Artémis é estruturado com fórmulas cadenciais ortodoxas, porém com emprego de acordes alterados que resultam no uso de tonalidade expandida. Além de aplicar essa ferramenta analítica ainda pouco utilizada nos estudos da música brasileira, este trabalho demonstra que ela ajuda a compreender aspectos técnicos importantes do repertório do final do século XIX e começo do século XX. Sua aplicação é particularmente apropriada em obras de compositores que estiveram à frente de seu tempo no que se refere a pesquisar e aplicar técnicas composicionais inovadoras como as transformações cromáticas, que representavam a vanguarda de seu tempo.

Palavras?chave: Nepomuceno; Transformações cromáticas; Análise estrutural

Biografia do Autor

Rita de Cássia Taddei, Universidade de São Paulo

Doutorado em Musicologia, Subárea Teoria da Música, Análise. Universidade de São Paulo

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Publicado

2021-04-27

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Seção

Artigos