Intertextualidade e narratividade na Sinfonia nº 1 (“O imprevisto”) de Villa-Lobos

Autores

  • Paulo de Tarso Salles USP

DOI:

https://doi.org/10.52930/mt.v5i1.126

Resumo

O propósito deste trabalho é apresentar uma análise da Sinfonia n. 1 (“O Imprevisto”) de Heitor Villa-Lobos (1887–1959) a partir de sua estrutura formal e narrativa. A obra foi composta em 1916 e é estruturada como se fosse um poema sinfônico, com texto programático escrito pelo próprio compositor. A narrativa literária é recoberta por outra, de caráter musical, estruturada em forma cíclica segundo o método de Vincent d’Indy (1909). A análise irá buscar pontos de aproximação e afastamento entre as narrativas literária e musical, segundo teorias da forma musical, usando terminologias de Hepokoski e Darcy (2006), Vande Moortele (2009, 2013) e Stoïanova (2000); teorias de narratividade musical propostas por Eero Tarasti (1994) e Byron Almén (2003, 2008); e análises tópicas, segundo Leonard Ratner (1980), Wye Allanbrook (1983), Raymond Monelle (2000, 2006) e outros. A intertextualidade se manifesta no plano musical, com obras de Berlioz, Liszt, Wagner, Franck, Nepomuceno e Debussy, mas também no plano literário, com Dante, Camões, Drummond, Graça Aranha e Haroldo de Campos.

Palavras-chave: Villa-Lobos; Sinfonia; Narratividade; Teoria das tópicas; Análise musical; Intertextualidade

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Publicado

2021-04-27

Edição

Seção

Artigos