Análise Espectromorfológica da Paisagem Sonora em Five Places to Remember de Fernando Iazzetta
DOI:
https://doi.org/10.52930/mt.v4i2.119Resumo
Este trabalho é dedicado à análise da série de obras Five Places to Remember do compositor/pesquisador Fernando Iazzetta. A série possui cinco trabalhos, entretanto, nos dedicamos a analisar três deles: Praga, Paraty, Bruxelas (as obras podem se visualizadas em: https://soundcloud.com/iazzetta). Devido às características estéticas dos trabalhos relacionados à paisagem sonora, discutimos algumas propriedades desse tipo de manifestação que procuramos entrelaçar com o trabalho analisado. Utilizamos como levantamento bibliográfico para análise, a espectromorfologia, em conjunto com os desenvolvimentos propostos por Coelho de Souza (2013). Duas características foram relevantes: 1) Marcadores de Som Transmutados - conceito proposto a partir da proposta de marcação sonora (soundmarks) (Schafer, 1977), onde os pontos de referência da paisagem sonora são drasticamente alterados por ferramentas eletroacústicas, permitindo a geração de novos materiais mantendo a organização macro. 2) Processo Rítmico Eletroacústico - O conceito gira em torno do uso de estratégias técnicas da música eletroacústica para desenvolver parâmetros rítmicos complexos.Referências
Aliel, Luzilei. 2017. Ensaios sobre comprovisações em ecologia sonora: Perspectivas práticas e teóricas. Dissertação de Mestrado em Música. São Paulo: USP.
Arkette, Sophie. 2004. Sounds Like City. Theory, Culture & Society 21, p. 159–168.
Barreiro, Daniel; Keller, Damián. 2010. Composição com Modelos Sonoros: Fundamentos e Aplicações Eletroacústicas. In: Damián Keller e Rogério Budasz (ed.). Criação Musical e Tecnologias: Teoria e Prática Interdisciplinar. Goiânia: ANPPOM, p. 97-126. Disponível em: <http://anppom.com.br/editora/Pesquisa_em_Musica-02.pdf>.
Chion, Michel. 1983. Guide des objets sonores. Paris, Buchet/Chastel.
Coelho de Souza, Rodolfo. 2013. Abstração e representação na música eletroacústica. Revista Vórtex, Curitiba, n. 1, p. 23–35.
Keller, Damián. 2012. Sonic Ecologies. In: A. R. Brown (ed.) Vol. Sound Musicianship: Understanding the Crafts of Music (p. 213–227). Newcastle upon Tyne, UK: Cambridge Scholars Publishing.
Schaeffer, Pierre. 1966. Traité des objets musicaux. Paris: Seuil.
Schafer, R. Murray. 1977. The Soundscape: Our Sonic Environment and the Tuning of the World. Rochester, Vermont: Destiny Books.
Schafer, R. Murray. 2001. A afinação do mundo. São Paulo: Ed. UNESP.
Schulte-Fortkamp, B.; Fiebig, A. 2006. Soundscape Analysis in a Residential Area: An Evaluation of Noise and People’s Mind. In: Acta Acustica united with Acustica 92, p. 875–880.
Smalley, Denis. 1997. Explaining Sound Shapes. Organised Sound, v. 2, No. 2, p. 107–126.
Southworth, Michael. 1969. The Sonic Environment of Cities. In: Environment and Behavior, p. 49–70.
Payne, S. R., Davies, W. J., Adams, M. D. 2009. Research into the Practical and Policy Applications of Soundscape Concepts and Techniques in Urban Areas (NANR 200), Technical Report May.
Truax, Barry. 2002. Genres and Techniques of Soundscape Composition as Developed at Simon Fraser University. In: Organised Sound, v.7(1), p. 5–14.
Truax, Barry. 2001. Acoustic Communication. Ablex.
Truax, B.; Barrett, G. W. 2011. Soundscape in a Context of Acoustic and Landscape Ecology, Landscape Ecology 26(9), p. 1201–1207.
Westerkamp, Hildegard. 2002. Linking Soundscape Composition and Acoustic Ecology. In: Organised Sound, v. 7(1), p. 51–56.