O Sistema Transtonal em Metalosfera, de Almeida Prado

Autores

  • Robson Alexandre de Nadai Universidade Estadual de Campinas
  • Rita de Cássia Taddei

DOI:

https://doi.org/10.52930/mt.v2i1.41

Resumo

Este artigo apresenta inicialmente o Sistema Transtonal, criado pelo compositor Almeida Prado e empregado na peça Metalosfera. Por meio da análise de material esclarecemos o tripé que fundamenta o uso desse sistema de composição na obra: a ressonância de blocos sonoros e a importância dos harmônicos para efeitos timbrísticos; “neocadências” e a ocorrência de conclusões ambíguas. Especificamente na peça analisada, essa investigação aponta que o primeiro material empregado é um intervalo de 5J, ao qual se agrega uma 3M, portanto uma estrutura tonal. No desenvolvimento da obra esse intervalo de 3M se converte ora em 2m, ora 4A, sintetizando o material que é desenvolvido na peça e indicando implicações para o sistema atonal. O trabalho destaca Almeida Prado como o proponente do Transtonalismo, apontando principalmente o fato deste sistema fundir estruturas tonais e atonais, trazendo o fator ambiguidade como meio de agregar técnicas opostas.

Referências

Mariz, Vasco. 2000. História da Música no Brasil. 5a Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Prado, Almeida. 1985a. Cartas Celestes: Uma Uranografia Sonora Geradora de Novos Processos Composicionais. Tese de doutorado. Universidade de Campinas.

Prado, Almeida. 1985b. Metalosfera. (Partitura). Darmstadt: Tonos.

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Publicado

2018-01-10

Edição

Seção

Artigos