Musica Theorica
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<p><strong>Revista da Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical (TeMA)</strong></p> <p><em>Journal of the Brazilian Society for Music Theory and Analysis</em></p>Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical - TeMApt-BRMusica Theorica2525-5541Sobre os autores
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Copyright (c) 2024
2024-12-292024-12-29921–61–6Editorial
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<p>-</p>Norton DudequeGabriel Navia
Copyright (c) 2024 Norton Dudeque; Gabriel Navia
2024-12-292024-12-2992i–ivi–iv10.52930/mt.v9i2.324Planejamento composicional a partir de paradigmas arquetípicos
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<p>No presente trabalho, realizei uma revisão crítica dos conceitos centrais relacionados à minha pesquisa, notadamente os de sistema composicional e planejamento composicional. Enfatizei uma expansão desses conceitos, refinando suas definições para uma aplicação mais musical e intuitiva. Introduzi o paradigma arquetípico como uma categoria ampla na qual se inserem os sistemas composicionais e os modelos ainda não explorados. Destaco dois desses modelos: 1) o proto-rizoma, inspirado no rizoma deleuziano, com uma perspectiva estruturalista; e 2) o sistema composicional desordenado, situado em uma fronteira conceitual, que é examinado por desafiar a essência determinística ou probabilística dos sistemas composicionais plenos. Mantendo o espectro estético aberto, este estudo busca contribuir para a evolução teórica e prática das metodologias que se concentram na aplicação de processos formais à composição, promovendo uma compreensão mais profunda e uma utilização mais fluida desses conceitos pelos compositores e compositoras.</p>Liduino Jose Pitombeira de Oliveira
Copyright (c) 2024 Liduino Jose Pitombeira de Oliveira
2024-12-292024-12-29921–561–5610.52930/mt.v9i2.305Tipologias de hibridismo no desenvolvimento de sistemas composicionais
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<p>No âmbito da Teoria dos Sistemas Composicionais (Pitombeira 2020), podemos especificar sistemas com diversas estratégias de hibridismo. No presente trabalho, analisamos a possiblidade de quatro tipologias básicas de hibridismo, e suas especializações. O hibridismo decorrente da concatenação de sistemas de tipologias distintas; produziu o primeiro tipo. O uso de modelagens com graus de intertextualidade distintos gerou o segundo tipo (Miccolis 2023). Outra estratégia de especificação de sistemas híbridos surgiu com a possibilidade do encapsulamento de modelos originalmente híbridos, resultando no terceiro tipo. Finalmente, um último tipo de hibridismo pode ser construído pela integração de dados de origens estéticas distintas num sistema original aberto ou em um sistema modelado semiaberto.</p>Ana Miccolis
Copyright (c) 2024 Ana Miccolis
2024-12-292024-12-29921–421–4210.52930/mt.v9i2.317A racionalidade das métricas irracionais
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<p>O objetivo é refletir sobre o fenômeno das chamadas fórmulas de compasso irracionais, considerando o que são, por que receberam essa denominação, as justificativas para o seu uso e a pertinência dessa terminologia. Para tanto, inicio oferecendo apontamentos históricos para basear a compreensão das convenções estabelecidas para a notação rítmica. A seguir, apresento breve revisão de literatura com o propósito de verificar convergências e divergências entre autores e como estes avaliam a necessidade de os compositores se afastarem das convenções da grafia musical. Por fim, apresento considerações sobre a adequabilidade das nomenclaturas propostas para denominar esse recurso de mensuração e divisão rítmica.</p>Antenor Ferreira Correa
Copyright (c) 2024 Antenor Ferreira Correa
2024-12-292024-12-29921–331–3310.52930/mt.v9i2.310Exploração de ambiguidades harmônicas por meio do comentário composicional
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<p>Em publicação recente, apresentamos um procedimento analítico destinado ao reconhecimento e à evidenciação de relações tonais-funcionais (tanto locais como de larga escala) latentes em obras geralmente tidas como pós-tonais, ou limítrofes de uma tonalidade expandida. Fundado poética e metodologicamente sobre a prática do <em>comentário composicional</em> – noção que tem origem na obra de Luciano Berio e que temos desenvolvido em trabalhos anteriores –, tal procedimento consiste, basicamente, em acrescentar à obra analisada (de resto intacta) uma linha melódica que opere, em cada formação harmônica dissonante, preparações e resoluções que busquem demonstrar como tal formação poderia ter ocorrido ainda no seio de uma tonalidade pré-1908 (i. e., anterior a uma emancipação generalizada da dissonância). Assumindo que, de uma perspectiva tonal-funcional, o repertório de interesse de nossa abordagem seja inerentemente ambíguo e tendo já anteriormente reconhecido que as interpretações ressaltadas por nossas linhas acrescentadas não são nem podem ser unívocas, objetivamos, no presente trabalho, explorar diferentes maneiras como possamos assimilar nos próprios <em>comentários composicionais</em> por nós produzidos – e não apenas em um plano verbal e hipotético – as ambiguidades que reconheçamos ao longo do processo analítico. Para tanto, tomamos aqui por objeto de análise a pequena peça para piano intitulada <em>Masque</em>, Op. 63/1 (1912) de Scriabin, a qual em boa medida se estrutura a partir de um jogo de ambiguidades harmônicas. No <em>comentário</em> que produzimos sobre a obra em questão, integralmente reproduzido ao fim do artigo, nós não apenas evidenciamos relações funcionais locais e de larga escala latentes em <em>Masque</em>, como, cumprindo com nosso objetivo, demonstramos ao menos cinco diferentes maneiras como nosso procedimento analítico pode contemplar e trazer à tona ambiguidades harmônicas das peças sobre as quais nos debruçamos.</p>Francisco Zmekhol Nascimento de OliveiraMax Packer
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2024-12-292024-12-29921–481–4810.52930/mt.v9i2.316Análise musical do Capricho Polonês (1949) para violino solo de Grazyna Bacewicz
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<p>Este artigo traz uma análise formal e estilística da obra <em>Capricho Polonês</em> (1949) para violino solo da compositora Grazyna Bacewicz (1909–1969). Propõe relacionar parâmetros como forma, recursos temáticos e motívicos, rítmica, articulação e agógica com base nos conceitos de <em>Capriccio </em>e <em>Hauptsatz </em>de Bonds (1991) e nas descrições de funções formais de Mathes (2007). O artigo menciona a busca por uma sonoridade que se assemelhe à do violino popular na Polônia, uma vez que o <em>Capricho Polonês</em> remete a uma dança popular polonesa, o <em>kujawiak</em>. Na conclusão, são destacadas especificidades do estilo composicional de Bacewicz nesta obra.</p>Nathália GidaliAdriana Lopes da Cunha MoreiraEliane Tokeshi
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2024-12-292024-12-29921–251–2510.52930/mt.v9i2.298A crítica que não ouve
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<p>Neste trabalho, pretendemos avaliar a recepção, crítica e circulação da obra de Arnold Schoenberg no Brasil ao longo da década de 1930. A partir da análise de comentários publicados em periódicos no Rio de Janeiro, então Capital Federal, verificamos que, ao mesmo tempo em que compositor fora reconhecido como protagonista do modernismo musical, sua obra e técnica musicais mantiveram?se relativamente desconhecidas para o público de concertos.</p>Gabriel Fernandes Xavier
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2024-12-292024-12-29921–191–1910.52930/mt.v9i2.318O dodecafonismo como um conceito musical
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<p>Neste artigo, o dodecafonismo é revisitado com o objetivo de criar uma perspectiva histórica sobre sua significação, abrangendo desde seu desenvolvimento por Arnold Schoenberg, passando por algumas teorizações e debates suscitados pela técnica, até sua recepção no Brasil no contexto do Movimento Música Viva. Com base em ampla bibliografia sobre o tema, a pesquisa conclui que, em anos recentes, houve uma transformação na compreensão do conceito de dodecafonismo. Essa mudança decorre do aumento quantitativo de análises de obras dodecafônicas, que revelou a diversidade de usos da técnica e imensa variedade de resultados sonoros alcançados por compositoras e compositores ao longo de cerca de 100 anos desde sua criação. Por meio do estudo sobre o dodecafonismo, esta pesquisa também busca divulgar a história dos conceitos musicais como uma abordagem historiográfica que integra teoria e experiência, contribuindo para a compreensão de momentos históricos relevantes e para a relação entre teoria musical e história.</p>Juliane Larsen
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2024-12-292024-12-29921–411–4110.52930/mt.v9i2.307Arnold Schoenberg e o paradoxo de sua Klavierstück Op. 33a
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<p>Este artigo explora a aparente e paradoxal contradição presente na <em>Klavierstück Op. 33a</em> de Arnold Schoenberg, na qual uma forma musical inerentemente típica do tonalismo clássico — a forma sonata — foi utilizada para organizar uma composição feita em uma linguagem dodecafônica que de certo modo é “alienígena” à tonalidade tradicional. O texto discute em que capacidade as linguagens harmônicas da tonalidade tradicional e do método dodecafônico criado por Schoenberg são estranhas entre si, investigando, por meio do uso da teoria da Angústia da Influência de Harold Bloom (2002), o processo composicional daquela obra enquanto uma ação de desleitura e de apropriação poética do classicismo musical que resulta na escritura musical específica utilizada por Schoenberg. As considerações acerca dos processos de influência propostos por Bloom — nas figuras de suas seis proporções revisionárias, <em>clinamen</em>, <em>tessera</em>, <em>kenosis</em>, <em>askesis</em>, <em>daemonização</em> e <em>apophrades</em> — são tecidas e ilustradas ao longo de uma decupagem em detalhes da estrutura formal e dos procedimentos harmônicos da <em>Klavierstück Op. 33a</em>, análise esta que é realizada com o uso do ferramental da <em>Set-Theory</em> norte-americana aliada às teorias de Edmond Costère (1954) sobre a atratividade polar entre notas, escoliada ainda por meio de seleções de observações teóricas sobre a forma sonata clássica e seus componentes estruturais feitas pelo próprio Schoenberg (1996) em sua atividade pedagógica como teórico musical. O artigo argumenta e procura demonstrar que a elucidação do paradoxo daquela obra esbarra na confirmação da magnitude da importância histórica mantida por Schoenberg e por sua obra musical e teórica, com o desvelamento do lugar único e especial que ele conseguiu circunscrever para si mesmo dentro da história da música por meio de um hábil e engenhoso comando das influências que recebeu de seus predecessores.</p>Marcus BittencourtCemy Queiroz Diniz Junior
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2024-12-292024-12-29921–491–4910.52930/mt.v9i2.319Schoenberg, Suite Op. 25, Präludium
https://revistamusicatheorica.tema.mus.br/index.php/musica-theorica/article/view/315
<p>Este trabalho objetiva encontrar encadeamentos relacionados por semitom na peça em epígrafe seguindo o modelo do espaço atonal de encadeamentos. A partir da tese de doutorado de Deborah How identifica-se problemas analíticos ao escandir a série e faz-se uma perquirição das propriedades dos tetracordes e seus tricordes derivados. Escolhe-se trechos selecionados para investigar a presença de encadeamentos por semitom, colhe-se os dados avaliando suas possíveis configurações, faz-se um levantamento de distribuição estatística e conclui-se compilando os dados relevantes em perspectiva.</p>Ricardo Mazzini BordiniMarcos da Silva Sampaio
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2024-12-292024-12-29921–261–2610.52930/mt.v9i2.315Monotonalidade e tonalidade expandida
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<p>Schoenberg normalmente é associado ao método dodecafônico, à música serial e atonal que revolucionou a música do século XX. Mas, com menos frequência, Schoenberg é visto como um teórico que propôs desenvolvimentos no entendimento da tonalidade tradicional. Um dos conceitos inovadores de Schoenberg é sua concepção acerca de monotonalidade, no qual, regiões tonais são sempre relacionadas a uma tonalidade central. Ademais, ao considerar a escala cromática como material referencial das regiões, Schoenberg abre para uma expansão da tonalidade. Assim, em um contexto tonal, a escala cromática, acordes vagueantes, escala de tons inteiros, acordes quartais, tonalidade suspensa (<em>schwebende Tonalität</em>) e flutuante podem ser utilizados gerando uma tonalidade expandida. Neste texto, apresenta-se uma teorização acerca de monotonalidade e tonalidade expandida e aplicadas em análises de duas canções de Schoenberg, <em>Traumleben</em> Op. 6, n. 1 e <em>Natur</em> Op. 8, n. 1.</p>Norton Dudeque
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2024-12-292024-12-29921–401–4010.52930/mt.v9i2.321