Domenico Scarlatti, artista fugidio: visões de seu “estilo misto” ao fim do século XVIII

Autores

  • Janet Schmalfeldt
  • Gabriel Navia

DOI:

https://doi.org/10.52930/mt.v5i1.138

Resumo

Uma mudança permanente aos 34 anos de idade, da Itália para os serviços privados da princesa Maria Bárbara, em Portugal e posteriormente na Espanha, permitiu que Domenico Scarlatti fugisse da fama e da classificação estilística. Na ausência de uma categoria convincente para a música de Scarlatti – pós-Barroca? Pré-Clássica? Galante? Transitória? – o especialista em Scarlatti, W. Dean Sutcliffe, recorre à expressão adequada “estilo misto”. Entretanto, Sutcliffe reconhece que “muito das sonatas de Scarlatti deve ser considerado à luz do estilo Clássico”, e eu também. Particularmente, o tipo específico de forma bipartida que o compositor emprega na maior parte de suas 555 sonatas para teclado sobreviventes dificilmente era único no continente durante o tempo em que viveu, e esta forma continuou a aparecer mesmo muito depois de dar lugar ao que hoje chamamos de “sonata Clássica”. Os “mecanismos de escape” musicais do compositor – atrasos surpreendentes de resultados esperados por meio de cadências evadidas e repetições “mais uma vez” – podem ser “avistados” em grande parte do repertório do fim do século XVIII, especialmente na música de Mozart. Todavia, nenhuma comparação da música de Scarlatti com a de seus sucessores pode diminuir sua exuberância “espanhola”, sua predileção pela justaposição de ideias totalmente diferentes em um único movimento – resumindo, suas contribuições características e sem paralelo para a música para teclado.

Palavras-chave: A forma sonata Tipo 2 de Hepokoski e Darcy; Estratégias cadenciais; A técnica “mais uma vez”; Virtuosismo com sequências

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Publicado

2021-04-27

Edição

Seção

Artigos