Categorias de Análise Musical e Modelagem Física como Análise do Timbre

Autores

  • Rodolfo Coelho de Souza Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.52930/mt.v4i1.102

Resumo

Este artigo traz uma reflexão sobre as categorias de análise que são usadas para obras de diferentes poéticas e estilos. Lembramos que a taxonomia foi primeira categoria de análise a ser usada. Continua sendo muito empregada, como por exemplo na análise harmônica tradicional. A segunda categoria de análise é a funcional, empregada por exemplo na análise harmônica riemanniana. Essa categoria se reinventa na estratégia da engenharia reversa como a que é usada na contagem da série dodecafônica. A terceira categoria é da hermenêutica que também envolve estratégias heurísticas. Ela tem sido a base de diversas teorias analíticas recentes como a das Tópicas e da Narratividade. Finalmente reconhecemos como quarta categoria a estratégia da modelagem, aplicada às obras cuja análise é resistente às categorias anteriores. Propomos que a análise do timbre é particularmente afeita à estratégia da modelagem, reconhecendo que a técnica da modelagem física por meios digitais oferece uma perspectiva promissora nessa direção.

Referências

Bas De Haas, W.; Magalhães, J. P.; Wiering, F.; Veltkamp, R. 2014. Automatic Functional Harmonic Analysis. Computer Music Journal, v. 37 n. 4, p. 37–53.

Bastos, Rafael Menezes. 1978. A Musicológica Kamayurá. Brasília: Fundação nacional do Índio.

Bergé, Pieter (ed.). 2009. Beethoven’s “Tempest” Sonata: Perspectives of Analysis and Performance. Leuven: Peeters.

Cope, David. 2005. Computer Models of Musical Creativity. Cambridge, MA: The MIT Press.

Dahlhaus, Carl. 1989. Nineteenth-Century Music. Berkeley: University of California Press.

De Poli, Giovanni, Paolo Prandoni e Paolo Tonella. 1993. Timbre Clustering by Self-organizing Networks. Milão: Proceedings of X Coloquium on Musical Informatics, p. 102–107.

Gordon, John W. e John M. Grey. 1978. Perception of Spectral Modifications on Orchestral Instrument Tones. Computer Music Journal, v. 2, n. 1, p. 24–31.

Guck, Marion. 1994. Analytical Fictions. Music Theory Spectrum, v. 16, n. 2, p. 217–230.

Hanninen, Dora. 2012. A Theory of Music Analysis: on Segmentation and Associative Organization. Rochester: University of Rochester Press.

Hatten, Robert S. 1994. Musical Meaning in Beethoven: Markdness, Correlation, and Interpretation. Bloomington: Indiana University Press.

Keller, Damián e Brian Ferneyhough. 2004. Analysis by Modeling: Xenakis’s ST/10-1 080262. Journal of New Music Research v. 33, n. 2, p. 161–171.

Koblyakov, Lev. 1990. Pierre Boulez a world of harmony. New York: Routledge.

Krämer, Thomas. 1997. Lerhbuch der harmonischen Analyse. Wiesbaden: Breitkopf & Härtel.

Křenek, Ernst. 1940. Studies in Counterpoint. New York: Schirmer.

Lerdahl, Fred. 2001. Tonal Pitch Space. New York: Oxford University Press.

Lerdahl, Fred; Jackendoff, Ray. 1983. A Generative Theory of Tonal Music. Cambridge, MA: The MIT Press.

Lewin, David. 2007. Musical Form and Transformation: Four Analytic Essays. Oxford: Oxford University Press.

Pires, André Salim. 2011. Métodos de Segmentação Baseados em Descritores Musicais. Dissertação de Mestrado. Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo.

Rehding, Alexander. 2003. Hugo Riemann and the Birth of Modern Musical Thought. Cambridge: Cambridge University Press.

Riemann, Hugo. 1874. Musikalishe Logik. Leipzig: C. F. Khant.

Roads, C.; Wieneke, P. 1979. Grammars as Representations for Music. Computer Music Journal, v. 3, n. 1, p. 48–55.

Schönberg, Arnold. 1963 (ed. original, 1951). El Estilo y la Idea. Madrid: Taurus.

Schmalfeldt, Janet. 2011. In the Process of Becoming. Oxford: Oxford University Press.

Simurra, Ivan E. 2018. Análise Musical Assistida por Descritores de Áudio: um estudo de caso da obra Reflexões de Jônatas Manzolli. Revista Musica Theorica, v. 3, n. 1, p. 33–67.

Straus, Joseph N. 2009. Twelve-Tone Music in America. Cambridge: Cambridge University Press.

Välimaki, Vesa e Tapio Takala. 1996. Virtual Musical Instruments – Natural Sound Using Physical Models. Organised Sound, v. 1, n. 2, p. 75–86.

Versolato, Júlio César. 2008. Rumos da Análise Musical no Brasil: Análise Estilística 1919–84. Dissertação de Mestrado. Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista.

Downloads

Publicado

2019-09-09

Edição

Seção

Artigos